O Brasil possui 850 milhões de hectares de extensão. Deste território, cerca de 500 milhões estão cobertos por florestas, ou seja, quase 60% do total. Para preservar com manejo e produção sustentável a enormidade deste espaço, o país conta com 64 instituições de ensino superior que oferecem 76 cursos de bacharelado em engenharia florestal.
Entre outras atividades, este profissional é o responsável pela integração lavoura-pecuária-floresta, uma modalidade de produção que vem ganhando espaço no país. Até 2021, o sistema atingia 17,4 milhões de hectares, segundo a Rede ILPF.
Habilitação de profissionais
Para garantir que atividades fundamentais como esta estejam sendo conduzidas por engenheiros, agrônomos e profissionais das geociências habilitados, foram criados os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia. “Essa é uma preocupação do Crea desde o registro desse profissional. Claro que quando é feito o registro, temos todo o critério de analisar a grade curricular dele porque estamos entregando para a sociedade um profissional que vai desenvolver atividades para ela e somos nós os responsáveis por isso”, destaca a presidente do Crea-MS, Vânia Abreu de Mello.
O município de Bonito, um dos pontos turísticos do estado, o engenheiro florestal Raphael Cardoso incentiva produtores a se engajarem na missão de garantir a conservação do local, com meta de transformá-lo em referência ecológica não apenas nas áreas turísticas, mas também na preservação do solo.
Produção florestal brasileira
Atualmente, 86% do valor bruto da produção florestal brasileira vem da silvicultura, ciência que estuda o manejo florestal e utiliza técnicas de preservação, produção e extrativismo controlado. E a importância da atividade rompe fronteiras, afinal, diversas matérias-primas extraídas das florestas estão presentes na rotina das pessoas, como a celulose, que dá origem ao papel, bem como a madeira que forma os móveis de uma casa ou escritório e o carvão vegetal e a lenha, que geram energia elétrica.
O último levantamento da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) mostra que o valor bruto da produção do setor de árvores cultivadas no país cresceu 17% em 2020 em comparação ao ano anterior. A entidade também aponta investimentos na ordem de R$ 35,5 bilhões no setor em projetos que visam a ampliação de plantio, o aumento de fábricas e novas unidades até 2023.
A produção de florestas de eucaliptos está em expansão em Mato Grosso do Sul. O clima da região ajuda muito no crescimento da espécie. Enquanto na Europa um pé da árvore demora até 50 anos para crescer, no Brasil esse tempo cai para apenas seis.
O profissional é também diretor da Associação Sul-matogrossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore), grupo que atua em frentes de trabalho focadas em manejo, plantio de florestas, preservação do meio ambiente, prevenção e combate a incêndios e também em fitossanidade. No Brasil, a indústria de base florestal vem ganhando cada vez mais força. O setor planta um milhão de árvores produtivas por dia e destina 9,5 milhões de hectares para cultivos industriais, além de outros 6 milhões de hectares para conservação. Juntas, essas áreas têm potencial de estoque de 4,5 milhões de toneladas de CO2.
O programa Agronomia Sustentável é uma realização do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Mútua e Canal Rural e vai ao todos os sábados, às 9h (horário de Brasília), com reprises aos domingos, às 7h30. O próximo episódio vai abordar o papel dos engenheiros na mecânica de máquinas e implementos agrícolas.
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