O livro Clandestina, de Ana Corbisier, é uma obra única que ilumina a participação feminina na resistência à ditadura militar no Brasil, uma história frequentemente esquecida ou obscurecida. Em contraste com as inúmeras memórias publicadas por homens, o relato de Ana destaca a presença ativa e decisiva das mulheres na guerrilha e na clandestinidade. A autora narra suas experiências com autenticidade, desde os treinamentos em Cuba até os desafios enfrentados no Brasil, oferecendo um olhar sincero e vibrante sobre a luta por liberdade em tempos de repressão. É uma história de coragem e aprendizado, contada com intensidade e alegria, mesmo em meio às adversidades.
A trajetória de Ana é marcada por eventos de grande impacto, como sua atuação logística na ALN (Ação Libertadora Nacional) e a fuga que a levou a viver uma década no exílio, inicialmente em Paris. Com episódios como o resgate de um companheiro ferido durante um tiroteio e os desafios de estar desconectada da organização após deixar o país, Clandestina revela o lado humano e resiliente da militância. Mais do que uma memória, o livro é um convite para refletir sobre o papel das mulheres na luta contra a opressão e o peso do esquecimento histórico que recai sobre elas.
Para falar sobre o lançamento desse livro que ocorreu no último dia 10,no Armazém do Campo do MST, o jornalista Paulo Cannabrava Filho conversa com a autora do livro, Ana de Cerqueira César Corbisier. Em sua história de vida Ana, nascida em São Paulo, capital, relata como na década de 60 trabalhou como assistente de produção na TV Cultura e passou a integrar a ALN (Ação Libertadora Nacional) atuando no GTA (Grupo Tático Armado). Como exilada Ana morou na França e em Cuba onde fez treinamento de Guerrilha e viveu algumas das mais enriquecedoras experiências de sua existência. Além de exilada, precisou viver por muitos anos na clandestinidade.
Você acompanha essa conversa no “Dialogando com Paulo Cannabrava” especialmente nessa quarta-feira (18), às 17h, na TV Diálogos do Sul Global.
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