N2, ou Estrada Nacional 2, é a maior estrada de Portugal. Possui 738 km.
O desafio foi entre os dias 06 e 12 de Outubro de 2019. Parti de comboio de Lisboa à Braga, onde iniciei o caminho para o marco 0 da EN2.
No segundo dia de viagem, os primeiros 40 km são sempre a descer. Seriam 550 m de desnível já na saída de Penedones. Pela manhã fica muito fresco. Com o vento da descida, sofri um mocado até a parte plana. A temperatura mínima que registrei foram 7 graus.
A manhã estava com o céu limpo e o visual na descida é de tirar o fôlego! A quase 1.000 m de altura, a vista do vale e das montanhas mais ao fundo é grandiosa! Parecia um quadro! E eu estava nesse quadro!
A fronteira com a Espanha fica a 11 km de Chaves. Porque não esticar mais 22 km e fazer Portugal 100% de Norte a Sul? E assim foi. Entrei e saí da Espanha, iniciando agora o trajeto que cortaria Portugal de cima à baixo no meu mapa.
O centro histórico de Chaves é muito bonito e com diversas referências ao icônico marco 0 da Estrada Nacional 2. Atravessei a ponte do Trajano rumo ao início da N2. Essa ponte é muito bonita. É uma ponte romana erguida entre fins do século I e o início do II! É muita história!
Lá está o marco 0 da N2. Curioso pensar somente agora, que passaria por mais 738 marcos como este.
De Chaves a Vila Real a N2 é muito bonita! Cruzamos por vilas, pontes altíssimas e uma serra. Todas a vilas que cruzei, por menores que fossem, sempre estavam com tudo muito arrumado. A vontade sempre é parar em todas elas.
Passei por mais uma serra no caminho. Nenhuma subida muito longa, mas estava bem quente. Máxima registrada de 33 graus. Foi bem sofrido e parei por um bom tempo em um café para resfriar o corpo. Devo ter ficado uns 40 minutos sentado lá. Só olhando para a estrada.
Percorri somente 64 km da N2. Como o dia seguinte seria o mais difícil, a ideia era chegar o mais rápido possível no parque de campismo de Vila Real. Agilizar rapidamente toda a logística e descansar bastante para o terceiro dia.
Deu tudo certo e dessa vez o parque de campismo estava aberto. Montei a tenda, tomei banho, lavei as roupas e fui ao mercado comprar mantimentos. Jantei duas vezes. Uma no final da tarde, na beira do rio, e outra de noite, no restaurante que fica no parque de campismo.
Barriga cheia e tudo arrumado. Hora de descansar para o dia seguinte. Deitei um pouco preocupado se iria sentir muito frio durante a noite.
Será que foi uma boa ideia o bikepacking?
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