A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida doença de Charcot, é uma doença neurodegenerativa que afeta as células nervosas no cérebro, tronco cerebral e medula espinal. O termo amiotrófico provém da língua grega: "a" significa não ou negativo, "myo" refere-se ao músculo, e "trophic", meio-nutrição – “não, músculo, nutrição”, ou seja, músculo sem energia. Quando um músculo não tem qualquer alimento, ele tem “atrofia”. “Lateral” identifica as áreas da medula espinhal em que as porções de células nervosas estão localizadas. Como essa área sofre degeneração, leva à cicatriz ou ao endurecimento (“esclerose”) na região. A degeneração progressiva dos neurônios motores em ELA eventualmente leva à sua morte através da perda do controle do movimento ou contração muscular voluntária, sobretudo em músculos essenciais à vida, como o diafragma e os intercostais, levando ao óbito de 2 à 5 anos após o início dos sintomas.
Na ELA ocorre acometimento puro dos neurônios motores, com comprometimento das vias piramidas, tracto córticoespinal e córticobulbar. Os principais sintomas são: disartria, disfagia, dispnéia, acompanhando-se de fraqueza muscular, atrofia e fasciculação nos membros e em especial na língua.
O tratamento da ELA possui dois objetivos, ou seja, melhorar a qualidade de vida e a sobrevida. Para melhorar a qualidade de vida, emprega-se a fonoaudiologia, a fisioterapia, o tratamento medicamentoso e a assistência médica, nutricional e psicológica.
O tratamento fonoaudiológico deve acompanhar cada etapa da doença e suas repercussões nas funções de sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala. Acompanhar a evolução da disfagia e diminuir o risco de desnutrição, desidratação, pneumonias aspirativas, complicações respiratórias, evitando a precocidade no uso da traqueostomia.
Viviane Marques
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