Por motivos de força maior, fomos obrigados a colocar (novamente) o nosso submarino em quarentena.
As fases roxa e vermelha da pandemia nos forçaram a adiar a nossa ida ao fundo do mar, mesmo que já estivéssemos com local e data marcada para realizar essa façanha.
Embora não tenhamos conseguido cumprir (ainda!) com a nossa missão, a vontade de finalmente ir ao mar é tão grande que para manter o “clima de submarino”, fomos atrás de algumas histórias e fatos muito importantes.
Resolvemos iniciar com a história da primeira vez em que um ser humano chegou no ponto mais profundo do oceano.
Você sabe onde fica este ponto?
No Oceano Pacífico, ao sul do Japão e a oeste das Filipinas, está localizada a Fossa da Mariana, uma espécie de vale enorme. Dentro dele, existe um ponto ainda mais profundo chamado Challenger Deep ou, em português, Depressão Challenger.
O Challenger Deep está a 10.929 metros abaixo do nível do mar. Tem ideia do que isso representa?
Para se ter uma noção da dificuldade que é chegar até a Depressão Challenger, vamos relembrar alguns conceitos que envolvem pressão atmosférica.
A cada 10 metros de profundidade, temos uma pressão atmosférica a mais, portanto a quase 11 km de profundidade, teremos uma pressão atmosférica 1000 vezes maior.
Consegue imaginar o que aconteceria com o submarino do Manual do Mundo nessa pressão atmosférica?
Para exemplificar, podemos lembrar que numa viagem ao espaço, a diferença de quem está dentro da espaçonave para quem está fora é de apenas 1 pressão atmosférica.
“Mas, Iberê, tem gente maluca que quer ir a tal profundidade?” Tem, sim, e não é de hoje!
Nos anos 50, na Suíça, vivia a família Piccard, uma família de cientistas, balonistas, aviadores e mergulhadores.
August Piccard, patriarca da família, teve a ideia de construir algo que o levasse a maior profundidade. Seu planejamento consistia em fazer uma breve visita ao fundo do mar e voltar, não ficar por lá.
Portanto, construiu um Batiscafo, que é basicamente um submarino sem propulsão. Não entendeu? É como comparar um helicóptero com um balão.
O submarino seria como o helicóptero, que consegue fazer todos os movimentos, ficar parado, já o batiscafo seria como o balão, com uma movimentação limitada e seu destino vai de acordo com o vento -- ou da correnteza, como foi o caso.
Em 1958, a família Piccard vendeu o seu batiscafo para a marinha norte-americana, porém, continuou acompanhando de perto seu projeto. A embarcação passou por diversas reformas até que em 1960 ficou pronta para ir às profundezas do mar.
Você sabia que o nosso submarino tem semelhanças com o batiscafo da família Piccard?
Embora existam algumas coisas parecidas, não seremos tão ousados quanto os Piccard e a marinha norte-americana. Se você se perguntou sobre isso, só existiu mais uma pessoa a encarar esse desafio: o cineasta James Cameron, que registrou tudo em um documentário.
Confira esse vídeo até o final, deixe o seu joinha e nos ajude a realizar nossas missões, prometemos compartilhar o nosso progresso com vocês!
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CRÉDITOS
Direção e apresentação: Iberê Thenório
Produção executiva: Mari Fulfaro
Gerência de projetos: Marcel Albert
Roteiro: Roberto "Pena" Spinneli
Coordenador de produção: Tiago César Silva
Assistente de produção: Arthur Okuda e Vitor Moreira
Edição e finalização de imagens: Thais Paneto
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Eles FORAM até o LUGAR MAIS FUNDO do MAR!
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