JÓ 4 – Comentado por Rosana Barros
“Eis que tens ensinado a muitos e tens fortalecido mãos fracas” (v.3).
Apesar de reconhecer a vida íntegra de Jó e sua disposição em ajudar ao próximo, Elifaz ficou indignado com o discurso de seu amigo sofredor. A lamentação de Jó e sua desesperadora necessidade de descanso e alívio soaram aos ouvidos de Elifaz e seus companheiros como palavras ofensivas e egoístas. Certamente, Elifaz foi o primeiro a se manifestar por ser o mais velho, e sua experiência o fez julgar a situação de Jó como consequência de algum pecado.
O próprio Elifaz confirmou a conhecida benignidade de Jó. Sua vida regida por fé, esperança e amor sempre se estendia como uma poderosa influência na vida de outros, especialmente, na vida daqueles que mais necessitavam. Jó era um homem que fazia a diferença por onde passava e que não fazia acepção de pessoas. Com os olhos do coração, se compadecia do sofrimento alheio e buscava em Deus a melhor forma de ser útil na obra de assistência aos seus semelhantes.
Sua terrível condição era inexplicável. Como um homem tão íntegro em seus propósitos poderia estar passando por tudo aquilo? O ser humano é sedento por respostas, e, diante de um quadro tão assustador, Elifaz concluiu que a vida de Jó não era tão íntegra quanto aparentava ser. E descrevendo sua visão noturna como uma experiência espiritual e sobrenatural, confirmou o seu pensamento como sendo uma mensagem de Deus para Jó. Mas é certo de que aquela visão não foi obra do Senhor, mas daquele que é “o acusador de nossos irmãos” (Ap.12:10).
Assim como o caso de Jó era uma incógnita diante de todos que, com horror, contemplavam o seu sofrimento, Satanás tem agido com cólera ainda pior em nossos dias. O acusador e inimigo dos homens tem afligido o povo de Deus de forma desleal e cruel, mas seus planos são frustrados à cada tentativa, visto que é carrasco do corpo mas não tem poder para “matar a alma” (Mt.10:28). Mesmo que muitas das palavras de Elifaz façam sentido e tenham embasamento bíblico, seu julgamento as tornou instrumentos de condenação. Precisamos ter muito cuidado com o uso das palavras, “porque”, como disse Jesus, “pelas suas palavras, serás justificado e, pelas suas palavras, serás condenado” (Mt.12:37).
Meus irmãos, precisamos entregar ao Senhor os propósitos de nosso coração. É obra de toda uma vida depender de Deus e buscar em Sua Palavra a sabedoria para vivermos uma vida íntegra e fiel ainda que, aos olhos humanos, a nossa condição seja vexatória. Jó estava exposto a opiniões cruéis e sob o olhar crítico daqueles que havia ajudado. Jesus foi rejeitado pelos Seus e condenado por aqueles que haviam testemunhado o Seu amor e serviço altruísta. Não podemos esperar uma vida menos atribulada visto estarmos tão perto do “dia de angústia qual nunca houve” (Dn.12:1).
Diante de um mundo em contagem regressiva, que nossa vida adore ao Senhor ainda que as provações nos assaltem. Que o nosso indicador esteja voltado em nossa própria direção, clamando a Deus que nos transforme de dentro para fora. Que a maior experiência sobrenatural de nossa vida seja a boa e diária obra do Espírito Santo a nos reavivar e santificar. Vigiemos e oremos!
Bom dia, transformados pelo Espírito Santo!
Rosana Garcia Barros
#PrimeiroDeus #Jó4 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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