Em mais de 90% dos casos de suicídio existe um diagnóstico psiquiátrico subjacente, sendo a depressão uma das patologias mais associadas. É mais comum nos transtornos do humor (depressão unipolar e transtorno afetivo bipolar), seguido por transtorno por uso de substâncias, esquizofrenia e transtornos de personalidade.
Os traços de agressividade, impulsividade e raiva são tidos como importantes fatores de risco crônico de suicídio, principalmente quando associada aos chamados fatores de risco traço-dependentes, dentre eles a personalidade gratificação dependente, a percepção de desamparo e sentimento de desesperança e à dificuldade de criar ou enxergar eventos positivos, de estar acuado e visão pessimista de si mesmo.
Existem questionamentos exclusivos dos seres humanos: por que viver, e por que morrer? qual o sentido da vida, pelo que se deve lutar, o que faz uma vida ser plena? Mesmo que não consigamos definir um motivo claro e definido para querer viver, existe o chamado de instinto de sobrevivência e a manutenção desse sentimento se associa uma raiz comum a todos que consideram provocar a própria morte: o sofrimento.
Uma avaliação completa do indivíduo deve considerar dados demográficos, antecedentes pessoais e familiares, pesquisando o contexto familiar para suicídio, diagnósticos clínicos e psiquiátricos, rede de apoio social, características de personalidade (raiva, agressividade, impulsividade), aspectos psicodinâmicos (conflitos, motivações, fantasias relacionadas a morte), ídolos e recursos do paciente.
Também é preciso identificar em uma anamnese dirigida a existência de elaboração de resolução de problemas, renda financeira, moradia, alimentação, suporte familiar e social (como instituições religiosas, amigos, trabalho).
Os dados aqui descritos foram resumidos/transcritos do texto “O Suicídio no contexto psiquiátrico” (Suicide in psychiatric contexto) da autoria de Chei Tung Teng e Mariana Bonini Pampanelli publicado na Revista Brasileira de Psicologia, 02(01), Salvador, Bahia, 2015.
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