As filhas de Ló se deitaram com o pai em um contexto de desespero e medo de não terem descendência. Depois que fugiram da destruição de Sodoma e Gomorra, elas acreditavam que o mundo estava desolado e que não haveria homens com quem pudessem se casar e ter filhos. Esse ato, registrado em Gênesis 19:30-38, aconteceu quando elas estavam vivendo em uma caverna com Ló, após a fuga.

A situação era de isolamento completo, e as filhas temiam que a linhagem da família fosse extinta. Então, decidiram embebedar o pai com vinho e deitar-se com ele, em noites consecutivas, para que pudessem conceber filhos. Elas tiveram sucesso, e ambas engravidaram. Os filhos nascidos dessa relação incestuosa foram Moabe e Ben-Ami, que se tornaram os ancestrais dos moabitas e amonitas, respectivamente — dois povos que mais tarde seriam frequentemente mencionados na Bíblia em oposição a Israel.

A decisão das filhas de Ló foi influenciada por uma percepção de desesperança e uma falta de orientação moral, especialmente após terem crescido em Sodoma, uma cidade notoriamente corrupta. Além disso, esse evento ressalta o quanto a destruição das cidades e a perda de suas noções familiares e sociais impactaram seus julgamentos, levando-as a tomar uma atitude tão extrema.

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