Apresentação do programa - Organizadores
Seminário Internacional de Pesquisa III:
“Diferença, subjetivação e educação”: por outro paradigma de inclusão educacional
Proposta
O seminário de pesquisa “Diferença, subjetivação e educação: por outro paradigma de inclusão educacional” é uma das atividades da Rede Internacional de Pesquisa Diferença, inclusão e educação, vinculada ao projeto Diversidade, movimentos sociais e inclusão do Print-UNESP, apoiado pela CAPES (2019-2024). Organizado pelos Programas de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Filosofia e Ciência de Marília e da Faculdade de Ciência e Tecnologia de Presidente Prudente, esse seminário se apresenta originalmente como uma disciplina para os seus estudantes de mestrado e doutorado, assim como são abertos a estudantes e pesquisadores de outros Programas da UNESP e de outras universidades. Em um breve histórico, ele sucede os seminário internacionais I e II, desenvolvidos em 2019 e 2020, respectivamente, pela professora Eugénia Vilela (DeFil – Universidade do Porto) - intitulado “Entre os muros da governamentalidade neoliberal e as resistências de quem encarna o signo da diferença: agenciamentos educacionais, artísticos e suas políticas de alianças” – e pelo professor Jordi Massó Castilha (DeFIL-Universidad Complutense de Madrid) –sob o título “Figuras do comum e educação: os olhares de Jean-Luc Nancy e Jacques Rancière”. Entre os dois seminários, vários parceiros da equipe de pesquisa participaram de congressos ou de conversatórios, no período, dando contornos a esta rede de pesquisa – particularmente de seu Núcleo Diferença, subjetivação e inclusão – que se pretende tornar ainda mais robusta com parceiros novos advindos da Universidade do Porto, da Universidad Pedagógica Nacional de Colombia e da Bauhaus-Universität Weimar. No presente seminário, organizado pelos professores Rodrigo Barbosa Lópes Mugay, Divino José da Silva e Pedro Angelo Pagni, reunimos parceiros brasileiros e estrangeiros de longa data – integrantes da equipe da pesquisa em andamento na rede –, com parceiros novos, a quem teremos a oportunidade de ouvir e discutir temáticas específicas, com o intuído de nos reunirmos em torno de um programa de pesquisa comum, compreendendo os princípios de reciprocidade entre sul e norte global e de troca efetiva (para não dizer afetiva) de experiências pelos participantes.
Expositores
Serão expositores do III seminário Internacional de os pesquisadores e pesquisadoras: Alexandre Simões de Freitas (UFPE); Alexandre Filordi de Carvalho (UFLA); Alex Sandro Rodrigues (UFES); Carlos Henrique Machado (DeFil-Universidade do Porto); Maria Eugénia de Moraes Vilela (DFIL-Universidade do Porto); Fernando José Bárcena Orbe (FE-Universidad Complutense de Madrid); Jason Wosniak (West Chest University – EUA); Jordi Massó Castilla (DeFil- Universidad Complutense de Madrid); Lílian do Valle (UERJ); Marlon Miguel (Bauhaus-Universität Weimar); Óscar Espinel-Bernal (UPN-Colômbia).
Temática, problema e objeto de discussão
A inclusão educacional vem sendo perspectivada pelos saberes médicos e sociológicos, majoritariamente, como um dispositivo de poder que assegura a determinados setores do corpo social até então excluídos a governamentalização da população e certo reconhecimento como sujeitos de direitos. A questão que emerge de suas políticas, porém, adentra ao modo como a presença dos corpos diversos vem impactando a racionalidade imperante na educação, assim como produzindo processos de subjetivação múltiplos em torno dos quais esses sujeitos se dispersam em suas diferenças e se reúnem em torno de corpos comuns que afrontam, resistem, reformam o corpo social. Interessa a este seminário discutir este conflito em relação aos dispositivos de subjetivação na educação inclusiva, problematizando as limitações e as possibilidades de suas práticas com a presença daqueles corpos diversos e a potencialidade da formação desses corpos comuns para se pensar outro paradigma de inclusão educacional. Para isso, este seminário propõe um ciclo de participações, com convidados brasileiros e estrangeiros, para desenhar esse outro olhar, desde o ponto de vista das epistemologias até o terreno estético, passando pelo debate ontológico e político, em torno dos quais as diferenças encarnadas por esses corpos e seus respectivos encontros produzem, formando corpos comuns que habitam, lutam e se dispõem a converter a inclusão de modelo em verbo – incluir –, numa prática infinitiva.
Objetivos
- Analisar criticamente os conflitos decorrentes dos dispositivos de subjetivação da educação inclusiva no Brasil e em outros países sob a ótica da filosofia da educação
- Discutir os eventuais focos de resistência dos corpos ditos desviantes, suas alianças e a formação de um corpo comum que afronta as regulações do corpo social
- Debater a possibilidade de outro paradigma de inclusão educacional.
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