A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram uma operação que investiga fraudes na compra de merenda escolar de 50 cidades de São Paulo. 20 pessoas foram presas.

A operação cadeia alimentar investiga irregularidades em procedimentos licitatórios e desvio de verbas públicas destinadas à merenda escolar de 50 municípios paulistas, entre 2013 e 2017. Ao todo, foram cumpridos 57 mandados de busca e apreensão e 27 de prisão temporária. Vinte investigados foram presos e sete estão foragidos.

Entre os alvos da operação estão empresários, lobistas, servidores e ex-servidores públicos, um procurador de justiça, uma vereadora, ex-prefeitos de Franca, Cubatão e São Roque, secretários e ex-secretários de governo. A polícia fez buscas em 27 municípios paulistas, em residências e empresas dos investigados, gabinetes das prefeituras de Taquaritinga, Jandira e Cubatão e a Câmara de vereadores do Guarujá. A justiça também determinou o bloqueio de R$ 2 bilhões de bens dos suspeitos.

De acordo com as investigações, as irregularidades eram comandadas por um frigorífico sediado na cidade de Brodowski, no interior paulista, com a ajuda de outras firmas do mesmo grupo. a polícia identificou fraudes em licitações vencidas em abril deste ano.

A ação desta terça-feira (26) é um complemento da primeira fase de investigações, realizada em maio de 2018. As medidas tomadas hoje devem complementar informações obtidas em colaboração premiada de dois investigados. Os suspeitos devem responder por organização criminosa, fraude à licitações, falsidade ideológica, prevaricação e corrupção ativa e passiva.

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