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Michel Foucault
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Michel Foucault (1926-1984) veio de família tradicional de médicos, mas acabou se graduando em história, filosofia e psicologia. Foi considerado um filósofo contemporâneo dos mais polêmico.
Devido às suas tentativas de suicídio, aproximou-se da psicologia e psiquiatria e produziu diversas obras sobre esse tema. Os seus estudos e pensamento envolvem, principalmente, o biopoder e a sociedade disciplinar. Para tanto, o filósofo percorreu três técnicas independentes, mas sucessivas e incorporadas umas pelas outras: do discurso, do poder e da subjetivação.
Acreditava ser possível a luta contra padrões de pensamentos e comportamentos, mas impossível se livrar das relações de poder. Trata principalmente do tema poder, que para ele não está localizado em uma instituição, e nem tampouco como algo que se cede, por contratos jurídicos ou políticos. O poder em Foucault reprime, mas também produz efeitos de saber e verdade. Trata-se (...) de captar o poder em suas extremidades, em suas últimas ramificações (...) captar o poder nas suas formas e instituições mais regionais e locais, principalmente no ponto em que ultrapassando as regras de direito que o organizam e delimitam. Em outras palavras, captar o poder na extremidade cada vez menos jurídica de seu exercício.
Ele acreditava que os acontecimentos deveriam ser considerados em seu tempo, história e espaço e sua obra pode ser dividida em três fases metodológicas: arqueológica, genealógica e ética. Para cada uma dessas fases elaborou perguntas fundamentais: que posso saber?; que posso fazer; e quem eu sou?
A fase arqueológica (que começa com o livro Historia da loucura) se refere ao procedimento vertical de investigar os discursos descontínuos, a fim de entender como e em seguida por quê. Nessa fase, o todo não deve ser considerado modelo prévio, necessário, principalmente, para encontrar os discursos e partes esquecidas ou ínfimas.
Essa fase tem um enfoque explicitamente histórico com a preocupação de descrever a construção dos discursos das chamadas “ciências humanas”.
Na fase da genealogia, ele procura as particularidades que formam o conhecimento, as percepções e o saber.
Aqui ele procura evidenciar as articulações entre saber e poder, mediados, por assim dizer, pelo que podemos chamar de modos de produção da verdade.
Em nossa sociedade a produção da verdade é regulamentada por regras que autorizam a eleição dos discursos reconhecidos como científicos, que qualificam os objetos dignos de saber, os sujeitos aptos a produzi-los, as instituições apropriadas, e cujos efeitos de poder, particularmente no caso das ciências humanas, são sobretudo disciplinar e normatizar.
Para ele, verdade é o conjunto de regras segundo as quais se distingue o verdadeiro do falso e se atribui ao verdadeiro efeitos específicos de poder. Este, por sua vez, é exercício, prática, que só existe em sua concretude, multifacetado e cotidiano.
Em nossa sociedade, podemos afirmar que a verdade é centrada na forma do discurso científico e nas instituições que a produzem. É objeto de uma grande difusão que tem a missão de espalhá-la.
A verdade está diretamente ligada ao sistema de poder, sustentando-o. Este sistema a elabora e reproduz de acordo com suas necessidades.
Assim, nesse momento de sua produção intelectual passa a fazer o cruzamento da análise dos discursos com a trama das instituições e práticas sociais, abandonando a noção de episteme pela noção mais complexa de “dispositivo estratégico”.
Ele propõe, então, com a genealogia (que começa com o livro Vigiar e punir), uma concepção não jurídica do poder, ou seja, não podemos olhar para o poder apenas do ponto de vista da lei, da repressão, da negatividade. Seria até um erro, caracterizar o poder como negativo, repressivo, ou que castiga, que impõe limites.
Para Foucault, as relações de poder não são negativas justamente porque elas geram saberes novos, elas produzem, elas deslocam, mexem, provocam. Todos os indivíduos participam dessas relações. Nessa genealogia, todos produzem saber a partir das relações de poder.
A fase ética em Foucault se refere à subjetivação, à constituição dos sujeitos e, dessa forma, o autor acreditava entender o conhecimento e suas relações pela multiplicidade e por diversas dimensões.
Aqui ele pretende responder a um problema específico, qual seja, por que se deu o nascimento de uma moral enquanto reflexão sobre a sexualidade, sobre o desejo, o prazer. Por que fizemos da sexualidade uma experiência moral?
Essa pergunta fez ele mudar o rumo de suas pesquisas, fazendo-o recuar um pouco mais no tempo indo até a antiguidade clássica.
A Filosofia de Michel Foucault - Prof. Anderson
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