Caatinga (do tupi: ka'a [mata] + tinga [branca] = mata branca) é o único bioma[nota 1] exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).
A caatinga é o mais fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. Os problemas de conservação da Caatinga surgiram desde o início do processo histórico de colonização do Brasil, que influenciou a formação das características atuais do bioma, pois esta região do sertão nordestino foi cenário do primeiro contato do português no país. Desta forma, foi a primeira área interiorana desmatada e com riquezas usufruídas para obtenção de lucro europeu no Brasil, permitindo a introdução de espécies invasoras e, com a consolidação dos sistemas econômicos de produção do gado desde o século XV-XVI, a formação de um clima semiárido e seco.
Entretanto, pesquisas recentes vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos. Do ponto de vista da vegetação, a região da caatinga é classificada como savana-estépica. Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas, cujas diferenças se devem à pluviometria, fertilidade e tipos de solo e relevo.
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Acesso em 06 de maio de 2022 às 15:45
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