No “Estadão Analisa” desta quinta-feira, 19, Carlos Andreazza fala sobre o governo Lula, que após ver o pacote de corte de gastos ser desidratado, não conseguiu votos para aprovar nesta quarta-feira, 18, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que integra o conjunto de medidas de ajuste fiscal.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação da proposta para esta quinta-feira, 19, para evitar uma derrota do Palácio do Planalto e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Às 23h30, os deputados votaram uma proposta regimental que dava preferência para a PEC entrar em votação. A proposta foi aprovada por 294 votos contra 172. Constatou-se que a quantidade de votos favoráveis, porém, não seria suficiente para aprovar o conteúdo da PEC, que exige 308 deputados favoráveis, por ser uma PEC - o que levou Lira a adiar a votação para poupar o governo de uma derrota.
Deputados da base aliada votaram contra a proposta, deixando claro nos bastidores uma insatisfação com o ministro Fernando Haddad e contrariedade com o ajuste proposto pela equipe econômica.
Os 12 deputados do PSOL presentes na sessão e mais dois do PT votaram contra. Se tivessem votado a favor, a proposta passaria.
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