Os estudantes da Escola de Educação Fundamental Sede Oldenburg, no interior de Palmitos, enfrentam diversas dificuldades para frequentar as aulas. Além dos transtornos causados pela pandemia, os alunos precisam enfrentar, ainda, o forte calor de um ginásio coberto com a estrutura de zinco, não dispõem de ar-condicionado e são obrigados a conviver com o barulho entre as turmas, devido as salas de aulas serem construídas de maneira improvisada com divisórias em chapas, o que atrapalha a concentração dos estudantes nos conteúdos repassados pelos professores.
A situação vem ocorrendo a cerca de um ano e meio após a estrutura da escola ser atingida por um ciclone bomba que ocasionou diversos outros prejuízos na cidade e no interior. O fenômeno é considerado o pior desastre com ventos da história de Santa Catarina e foi registrado no dia 30 de junho de 2020.
À época, a Defesa Civil do Estado afirmou que o fenômeno superou a destruição causada pelo Furacão Catarina em 2004, e pelo tornado em Xanxerê, em 2015.
Dias após os estragos, a Secretaria de Estado da Educação enviou às coordenadorias regionais um documento de orientação para a futura manutenção das unidades atingidas. De acordo com o documento, os reparos dos estragos causados pelo ciclone seriam tratados de duas formas. As avarias de pequeno e médio porte estavam autorizadas a serem consertadas utilizando os contratos de manutenção civil já existentes. Os trabalhos referenciavam reparos como troca de telhado, manutenção na fiação elétrica e obras de conservação do prédio, caracterizados como manutenção civil, que não demandam de projetos de engenharia.
Para os danos mais complexos, em que se faz necessária a reconstrução, o serviço necessita de licitação. Nesse caso, as escolas atingidas deveriam, em primeiro lugar, solicitar os laudos técnicos para a Defesa Civil Municipal, além de providenciar outros documentos exigidos. Os processos necessitam contar com plano de trabalho, projeto básico assinado por responsável técnico, orçamento com referência em tabelas oficiais e relatório fotográfico para comprovar os danos causados pelo ciclone.
Desde o dia 19 de março de 2020, a escola estava sem atividades letivas presenciais devido a pandemia do novo coronavírus. O secretário de Educação, Natalino Uggioni, revelou na época que era necessário deixar a escola em plenas condições para a retomada das aulas presenciais, no entanto, não foi o que aconteceu.
Diversos pedidos já foram feitos às autoridades competentes, porém, até agora nada foi resolvido. Os usuários da estrutura já não sabem mais a quem recorrer para ter o educandário recuperado e poder voltar à normalidade. Enquanto isso, resta apenas se sujeitar a frequentar as aulas de maneira desumana em um Estado que se diz defensor do ensino de qualidade.
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