Voces já assistiram o filme "Jurassic Park"?
Provavelmente é graças a esse filme que as pessoas associam os dinossauros ao jurássico.
No jurássico aconteceram diversos eventos que vão muito além de sua imaginação.
Quase ía me esquecendo, mas para quem ainda não sabe, esse é o canal ¨PIPA¨.
Hoje vamos falar sobre o jurássico.
Os dinossauros caminham para o trono
Qual é a típica imagem que uma pessoa que não entende de paleontologia, tem sobre o Jurássico?
Em uma selva semelhante a uma atual região tropical, dinossauros de diversos tamanhos correm uns atrás dos outros.
E o maior entre eles é claro, é o tiranossauro.
O tiranossauro é implacável, e devora qualquer ser vivo.
Bem… com excessão somente do pterodáctilo que pode voar…
Desde o pólo norte até o pólo sul, a terra é coberta completamente por selvas. Todos os lugares possuem um clima quente e não existe inverno.
Vocês também imaginam assim não é?
Os cientistas definiram como jurássico, o período entre o triássico e o cretáceo.
Acredita-se que teve início a cerca de 210 milhões de anos atrás e durou cerca de 56 milhões de anos, até 145 milhões de anos atrás.
O jurássico começou com uma grande extinção dos seres vivos.
Mas essa, não foi tão grande quanto a famosa extinção do cretáceo-paleógeno, que extinguiu os dinossauros. Ou como a extinção do permiano, que envolveu até mesmo os insetos, que geralmente não são afetados.
Mas mesmo assim, diversas espécies acabaram se tornando vítimas dela.
Nessa extinção que ocorreu entre o triássico e o jurássico, animais como por exemplo os conodontes desapareceram, um peixe muito parecido com a lampreia e que formavam cerca de 20% de todos os seres marinhos da época.
Já no solo, um distante parente dos dinossauros, o réptil predador Crurotarsi sofreu um duro golpe.
Não se sabe ao certo a razão de sua extinção, mas uma coisa que sabemos é que ela foi extremamente repentina, em menos de 10 mil anos
O planeta na era dos dinossauros
Aqui temos mais um fato muito curioso.
O Tiranossauro, que é o mais famoso e mais pesquisado entre os dinossauros, ainda não existia no Jurássico.
Naquela época existiam gigantes eusaurópodes como os diplodocos, braquiossauros e apatosaurus.
A propósito, apesar de ser difícil imaginar pela sua aparência assustadora e seu corpo imenso, tudo indica que eles eram simpáticos animais que se alimentavam de plantas.
Mas apesar de serem calmos, não é uma atitude muito inteligente ficar na sua frente ou perambular ao redor de suas patas.
Os únicos animais capazes de competir com um poderoso herbívoro como esse, seria é claro, um animal do mesmo tamanho, ou um animal carnívoro muito ágil e habilidoso.
Como por exemplo o famoso alossauro ou o Ceratossauro.
Uma batalha entre carnívoros e herbívoros gigantes devia ser realmente impressionante.
O cenário dessa batalha de gigantes foram as planícies e as florestas sem fim.
As angiospermas ainda não existiam, mas plantas semelhantes aos pinheiros e ciprestes atuais já existiam.
Os rivais delas eram as Ginkgo bilobas e os sagus-de-jardim.
Atualmente o sagu-de-jardim vive somente em regiões tropicais, enquanto só restou uma única espécie de Gingko biloba.
Mas no jurássico, todo o planeta era coberto por uma diversidade de espécies muito maior que nos dias de hoje.
O mapa que demonstra a geografia do jurássico é muito diferente do que conhecemos hoje em dia.
Na primeira metade do jurássico o supercontinente pangeia ainda existia, mas depois disso foi se separando aos poucos.
E a cerca de 175 milhões de anos atrás já havia se dividido completamente entre os continentes Laurásia e Gondwana.
Daí até serem formados os continentes que nós estamos familiarizados, ainda seria necessário um longo tempo.
O mar que cercava os continentes já separados, também estava lotado de seres vivos.
Moluscos muito parecidos com as ostras ou caramujos, se reproduziam em um extensa área. E também surgiram recifes de corais iguais aos de hoje.
Entre as florestas de corais, nadavam peixes gigantescos como os Leedsichthys.
Eles mediam de 10 a 30 metros.
Esse número pode mudar dependendo do cientista, mas seja como for, ele com certeza é o maior peixe ósseo na história do mundo.
Porém, mesmo com esse tamanho todo, se proteger de carnívoros do mar como os Metriorynchus ou os pliosaurus, era uma tarefa extremamente difícil.
Esses violentos répteis perseguiam peixes gigantes mais lentos, roíam suas escamas e devoravam sua carne.
O fim de uma era
Chegando ao fim do jurássico, aos poucos o clima começou a esfriar e a umidade a subir.
Aparentemente isso está relacionado com a mudança da corrente oceânica, causada pela separação contínua dos continentes.
E os seres vivos também foram mudando gradualmente.
Diferente do triássico que terminou com uma grande extinção, a transição do jurássico para o cretáceo foi muito mais tranquila.
O cretáceo foi o período onde os dinossauros chegaram no seu apogeu, e chegou ao fim com a extinção dos mesmos.
Mas vamos falar sobre isso em uma outra oportunidade
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