Qual o impacto da crise na China? Vem tombo por aí?
O mundo está apreensivo com o futuro do conglomerado imobiliário chinês Evergrande, segunda maior construtora no país com mais de 12 milhões de clientes chineses e 1,2 mil projetos em mais de 280 cidades. A empresa está passando por uma crise que pode gerar calote superior a US$ 300 bilhões. “A dúvida é se o governo chinês terá fôlego para fazer esse ajuste fiscal e financeiro; e como vai intervir para regular o mercado e diminuir as especulações. Mas qual o impacto disso para o Brasil?”, provoca José Ricardo dos Santos Luz Junior, CEO do Lide China em entrevista exclusiva ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, que pode ser visto em . Segundo José Ricardo dos Santos, a iminência de quebra do setor imobiliário na China pode trazer consequências numa possível desaceleração da economia daquele país, o que refletiria no Brasil, bem como no resto do mundo. “Seria um desafio para toda cadeia de fornecedores, que sofreriam redução no volume de compras, alongamento de prazos para recebimento e renegociação de valores. O que está acontecendo com a Evergrande precisa ser visto em âmbito macro, pois afetará agronegócios, siderurgia e commodities em geral”, explica. Para ele, há um ambiente de guerra comercial, especialmente entre China e Estados Unidos. “É um grande embate político e comercial. E a forma como estes países vão regular as relações dependerá da negociação entre o atual governo norte americano e o governo chinês. Enquanto isso, o Brasil precisa buscar aproveitar o lado bom de cada país com que se relaciona. Ainda há muito para ser aproveitado”, garante. Segundo ele, a China tem fortalecido a relação com diversos parceiros, incluindo o Brasil, “Hoje somos seus parceiros estratégicos globais. A pauta de importação e exportação para a China somou US$ 100 bilhões em 2018, resultado que se repetiu em 2019. Em 2021, a expectativa alcançou US$ 120 bilhões. Minério de ferro, soja, petróleo e celulose respondem por 85% a 90% dos resultados”, conclui.
SINDICATO DA MICRO E PEQUENA INDUSTRIA DE RONDÔNIA
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