Documento Especial: Televisão Verdade foi um programa jornalístico brasileiro criado e produzido pelo jornalista Nelson Hoineff e exibido em três emissoras: na Rede Manchete (1989 a 1991), no SBT (1992 a 1995) e na Rede Bandeirantes (1997 e 1998).
História
O programa foi exibido pela primeira vez em 1989, na Rede Manchete, apresentado pelo ator Roberto Maya, que até então apresentava o Jornal da Manchete. Na direção, ficava Nelson Hoineff.
Com o subtítulo Televisão Verdade, consistia numa reportagem com cerca de 30 minutos sobre um assunto da atualidade, formato similar a de programas como o Globo Repórter, só que sem a assepsia que caracteriza(va) o jornalismo da Rede Globo. Vários assuntos "underground" eram apresentados pelo programa, que não economizava nas cenas fortes, tanto que, antes do programa, subiam letreiros (sob um fundo vermelho) desaconselhando crianças e pessoas sensíveis a assistir ao programa.
A primeira fase do Documento Especial, exibida na Manchete entre 1989 e 1991 marcou época com programas clássicos, como Os pobres vão à praia (com imagens de preconceito explícito e de um homem morto), Muito feminina (abordando a homossexualidade feminina), Luta livre, O suicídio dos indios Kaiowá, Amor, Vida de gordo (a maior audiência conquistada pelo programa, em 1990), Igreja Universal (a primeira vez em que práticas escusas da Igreja Universal do Reino de Deus eram denunciadas), entre outros.
O contrato com a Manchete termina em 1991, e a emissora passa a apresentar uma versão "genérica" do Documento: Documento Verdade, apresentado por Henrique Martins, também ator, e que possui voz e aparência semelhantes às de Roberto Maya.
Em 1992, Nelson Hoineff aceitou o convite de Sílvio Santos e trouxe o programa para o SBT, onde continuou abordando temas ditos "fortes", mas de maneira mais leve do que era feito na Manchete. São dessa época programas como A cultura do ódio (que renderam à equipe do programa processos por suposta apologia ao nazismo, além de terem sido acusados de apresentar depoimentos forjados de supostos neonazistas), programas "conceituais", como Saudade e Amor, e Vidas Secas, premiado internacionalmente. Hoineff se desentende com o SBT em 1995, acusando a emissora de censura a certos temas que eram apresentados no programa, queixa que já era antiga, uma vez que a matéria que marcaria a estréia do programa no SBT, O país da impunidade, só seria exibido quinze anos depois nas reprises do Canal Brasil.
O Documento fica fora do ar até novembro de 1997, quando volta a ser exibido na Rede Bandeirantes, durante pouco mais de dez meses, numa fase bem apagada, sem qualquer reportagem marcante.
Pela equipe do programa, passaram jornalistas hoje conhecidos do grande público, como André Rohde, hoje repórter da Rede Record, e Guilherme Fiúza, autor do livro Meu nome não é Johnny.
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