Uma pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas mostrou que a pobreza no Brasil vem aumentando rapidamente. Em apenas seis meses o número de brasileiros que vivem na pobreza, ou seja, com renda de menos de 440 Reais por pessoa, quase triplicou. O número de pobres saltou de 9,5 milhões em agosto de 2020 para mais de 27 milhões em fevereiro de 2021. Para piorar a situação, a alta de preços nos alimentos dificultou a vida de quem mais precisa. Por conta disso, está faltando comida na mesa de muitos brasileiros.
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, realizada na pandemia e divulgada em março de 2021, apontou que mais de 11 milhões de brasileiros não fazem uma das três refeições básicas diárias. O motivo é a escassez de dinheiro.
Segundo o economista Marcelo Nery, da FGV Social, em março deste ano, sem auxílio emergencial, o Brasil passou a viver o pior nível de pobreza de toda a série histórica que começa em 2012.
Além do aumento de brasileiros em situação de pobreza, também aumentou a quantidade de famílias em situação de extrema pobreza, ou seja com renda mensal per capita inferior a 140 Reais.
Outro estudo feito pela Fundação Getulio Vargas e divulgado em março, mostrou que 67,9 milhões de brasileiros receberam o auxílio emergencial. Após o fim da concessão do benefício, 13,7 milhões de pessoas passaram a viver em situação de extrema pobreza no país.
E tão aguardada volta do auxílio emergencial não deve ser suficiente para melhorar a vida destas pessoas. O governo federal confirmou o retorno do pagamento do auxílio emergencial, que será concedido a uma pessoa por família, mas com valores menores do que em 2020. Serão quatro parcelas no valor de R$ 250 cada. Para mulheres que são chefes de família, o montante será de R$ 375. Pessoas que vivem sozinhas receberão R$ 150 por mês. O pagamento deve começar em abril.
A análise de especialistas é que a situação pode piorar se a pandemia do novo coronavírus não for rapidamente controlada.
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