No último fim de semana, a Bahia testemunhou mais um episódio da escalada de violência no Estado. Uma ação policial na periferia de Salvador resultou na morte de dez pessoas, mais um entre tantos casos graves envolvendo as forças de segurança locais.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, 1.464 mortes foram registradas em decorrência de ações policiais. Só em setembro deste ano, ao menos 60 pessoas foram mortas por membros da polícia.
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes na Bahia cresceu vertiginosamente nas últimas décadas: 1.393% entre 1981 e 2021. O PT governa o Estado desde 2007, com as gestões de Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues (atual mandante).
Neste período, o poder das organizações criminosas só aumentou e a segurança pública entrou em colapso. Atualmente, o Estado é considerado o primeiro em números absolutos e o segundo mais violento do país em termos proporcionais, atrás apenas do Amapá.
Em visita à Bahia nesta quinta-feira, 5, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou investimentos e parcerias do governo federal e estadual. Segundo ele, serão destinados R$ 134 milhões ao Estado em ações de combate à criminalidade. Com esses movimentos, Dino, que tem sua gestão questionada frente à pasta, tenta frear os impactos negativos da onda de violência da Bahia no governo Lula.
Mas, afinal, o que explica o fracasso dos governos petistas na gestão da segurança pública na Bahia? Qual papel deveria cumprir o governo federal? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, analisamos o caso numa entrevista com o coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública da PUC Minas, Luis Flávio Sapori.
Arte: Cláudio da Luz
Foto: Kelly Hosana/SSP-BA
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