A Lei 10.098/2000 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Cumprir o que está previsto e garantir o acesso de informação para todos é dever de cada um de nós.

Essa semana nós do Canal Preto, trouxemos profissionais para falar sobre acessibilidade na periferia e nas ruas.

Eurides Nascimento, @euridesdejesusnascimento intérprete de libras, nossa convidada da semana fala que estabelecer essa comunicação acessível é mais do que cumprir a lei. “É importante, pois informação é um direito humano e muitas pessoas com deficiência ficavam tolhidas disso. Precisou vir a lei, o movimento, para ter esse olhar mais acentuado”, considera.

A profissional lembra que a cada dia que levanta, sabe que não levanta sozinha. “Eu posso estar e galgar outros espaços”, afirma, sobre sua luta antirracista.

Já Marcelo Zig, o filósofo que mantém o perfil @afrodeficiente, que também participa do episódio lembra que acessibilidade é um conceito que ainda precisa ser expandido e que não diz respeito apenas às pessoas com deficiência. “E, na verdade, acessibilidade em seu conceito é permitir o acesso a pessoa com autonomia e segurança. Utilizar o elevador é um recurso de acessibilidade. A gente precisa entender que acessibilidade não é uma luta da pessoa com deficiência e, sim, um direito para todos”, reforça.

A sociedade diz “a pessoa com deficiência não tem condições de fazer nada porque ela tem uma deficiência.” e Zig rebate: “O que impede a gente de viver a vida é a falta de acessibilidade e inclusão.”

Quando faz intersecção com raça fica ainda mais complexo. Porque a gente sabe que a maioria da nossa população (negra) está sitiada nas periferias onde a acessibilidade não chega. Há toda uma problemática maior”, enfatiza.

O filósofo lembra que “existir é um ato político”. “Eu entendi que não precisava ter discurso, ter pauta, bastava estar ocupando lugares e possibilidades de estar como todas as outras pessoas”, afirma. E é isso que ele vem fazendo.

Racismo. Ou você combate, ou você faz parte.

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