Autores: Ana Livia Felipe Dias ¹, Arthur Felipe Dias ²
Instituição: 1- Universidade de Fortaleza , 2- Universidade Federal do Delta do Parnaiba
Resumo:
INTRODUÇÃO: No Brasil, aproximadamente, 12% da população necessita de atendimento em saúde mental e 3% sofre de transtornos mentais graves e/ou persistentes. Sob esse panorama, a Atenção Primária (APS), primeiro acesso das pessoas ao Sistema Único de Saúde (SUS), presta assistência a pacientes com problemas de saúde mental, por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF).
OBJETIVOS: Avaliar a atuação da Atenção Primária e da Estratégia de Saúde da Família no atendimento em saúde mental.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo exploratório de artigos nas bases de dados SciELO e PubMed (2010-2023). Foram utilizados os seguintes descritores: Atenção Primária, Estratégia de Saúde da Família e Saúde Mental.
RESULTADOS: Nesse contexto, problemas de saúde mental, que podem gerar comprometimento da qualidade de vida e consequências sociais, econômicas e emocionais, apresentam tanta necessidade de cuidado quanto as incapacidades geradas por doenças não psiquiátricas, como diabetes e hipertensão. Sob esse panorama, a atual política de saúde mental brasileira é resultado de um processo de mudança do modelo de atenção e de gestão do cuidado, conhecido como Reforma Psiquiátrica, em decorrência de mobilizações sociais, como o Movimento Social da Luta Antimanicomial. Desse modo, o foco do cuidado aos pacientes portadores de transtornos mentais passa a ser o bem-estar e o pleno exercício da cidadania e não apenas o controle sintomatológico. Sob esse viés, a ESF, implantada em 1994, tem como fundamentos a acessibilidade, integralidade da assistência, criação de vínculo com a comunidade e participação social. Diante disso, notabiliza-se como uma importante ferramenta para o cuidado à saúde mental, uma vez que possibilita uma facilidade no contato entre as equipes e os usuários. Em 2008, o Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para a ampliação das ações da Atenção Básica. Tal dispositivo tem potencial de potencializar a integralidade no cuidado, por meio de um processo transdisciplinar denominado matriciamento, que promove a atuação conjunta de profissionais e horizontalidade do relacionamento. Além disso, o cuidado por meio da Estratégia de Saúde da Família permite a formação de redes de apoio e a participação ativa dos usuários. CONCLUSÃO: Assim, notabiliza-se a potencialidade que a Estratégia de Saúde da Família apresenta no tratamento de transtornos de saúde mental, por meio de sua proximidade com o usuário e a comunidade, contribuindo para a expansão e consolidação da Atenção Básica.
Ещё видео!